domingo, 24 de junho de 2012

21 de junho Dia Mundial do Skate !!!!!







domingo, 17 de junho de 2012

Reino Unido de Portugal,Brasil e Algarves

Introdução 

  

  Em janeiro de 1808 , a família real e toda a corte portuguesa desembarcam na América. Era a 1ª vez que uma corte européia se transferia para terras americanas. Com a mudança, o Rio de Janeiro tornou-se sede de todo o império Português.
 Desde a 2ª metade do ´seculo XVIII, como consequência da Revolução Industrial, operava-se a substituição do capitalismo comercial pelo capitalismo industrial. O monopólio comercial perdia assim sua importância. Em seu lugar, surgia o livre comércio, que possibilitava a compra de matéria- prima a quem vendesse mais barato e a venda de produtos onde se lucrasse mais. Ao mercantilismo  gradativamente ia se opondo o liberalismo, contrário a intervenção do estado na economia e favorável a livre iniciativa. Portugal, tal como a Espanha, resistiu ao fim do monopólio comercial, pois tinha sua economia voltada para o fornecimento de produtos coloniais á Europa e para a venda de mercadorias necessárias á população da  colônia. A manutenção desse sistema só era possível mediante a imposição de restrições ás atividades econômicas na colônia, o que dificultava seu desenvolvimento. Essa situação, entretanto se alteraria com a transferência da família real.
  Em terras americanas, o primeiro ato importante de dom João, então príncipe regente de Portugal, foi a abertura dos portos para todas nações amigas. A medida inaugurava na colônia a pr´tica do livre comércio e pode ser considerada fato decisivo no processo de independência. 

 A colônia , sede do Império   

     No início do ´seculo XIX, além do desenvolvimento do capitalismo industrial, uma circunstância política internacional ajudou a acelerar a decadência dos impérios Ibéricos : a política de Napoleão, que tinha a Europa a seus pés.
   Em 1806, Bonaparte e seus exércitos entraram triunfalmente em Berlim, logo depois, o imperador decretou o Bloqueio continental, proibindo os países do continente de comerciarem com a Inglaterra. a seguir , exigiu que Portugal fechasse seus portos a navios ingleses e declarasse guerra a Grã- Bretanha. O governo português ficou em situação difícil . Se atendesse a França, romperia uma sólida aliança com os ingleses e correria o risco de de ter a colônia americana invadida. Se rejeitasse as exigências de Napoleão, seria ocupado pela França e submetido á força. Na chefia do governo português estava o príncipe regente dom João em lugar de sua mãe , dona Maria I , doente mental, aliás uma ilária família tendo em vista que o primeiro cargo público concedido a um negro na História de nosso país envolveu a tentativa de esconder uma traição por parte da Rainha portuguesa. Para ganhar tempo em relação as circunstâncias de ameaça da invasão, o principe tentou um jogo de simulações : Portugal fingiria atender a França e declararia guerra a Inglaterra; á França propôs o casamento de De dom Pedro, de 9 anos, com uma sobrinha de Napoleão. ingleses e franceses recusaram as propostas. Foi ai que o governo inglês propôs, que a corte portuguesa se transferisse para a colônia americana. com a medida, a Inglaterra conseguiria impedir que a esquadra lusitana caísse em mãos francesas e restringir o proveito que Napoleão poderia obter das colônias portuguesas. Ademais , ela colocaria a colônia sob sua influência , facilitando o domínio do mercado sul-americano. 


   Em outubro de 1807 , enquanto Napoleão preparava a invasão de Portugal, a Inglaterra se comprometia a proteger a transferência da família real e da corte portuguesa para a colônia americana. Dias depois em uma esquadra de 14 navios, embarcaria com suas famílias a nobreza, o alto funcionalismo e os oficiais superiores de Portugal. Ao todo mais de 10 mil pessoas, com suas riquezas, documentos, bibliotecas, coleções de arte e todos os bens que podiam carregar. Quando as forças francesas chegaram a Lisboa , tudo que encontraram foi um país pobre e abandonado.


trajeto da vinda da  família real lusitana ao Brasil  



Alojar tanta gente que do dia para  a noite não era uma tarefa tão simples para isso , dom joão requisitou as principais residências e despejou seus moradores, mandando fixar nas casas escolhidas as letras PR, correspondentes a Princípe Regente a população ironicamente, traduzia a mesma sigla , atribuindo-lhe  novo significado : Ponha-se para a rua ou Prédio roubado

                                 A  abertura dos portos

 As constantes pressões dos ingleses ávidos por mercados consumidores fizeram com que que Dom joão tomasse a importante medida de abrir os portos brasileiros as nações amigas quebrando o antigo monopólio comercial , como os ingleses mantinham uma divisão naval no rio de Janeiro seu poder de pressionamento era ainda maior houve neste sentido uma fixação do decreto da abertura dos portos a fixação de uma taxa de 24 % sobre o valor de todas as mercadorias ,com a exceção das portuguesas,taxadas em 16% Em um tratado de 1810 A Inglaterra passaria a pagar uma taxa 15% menor que o imposto sobre as próprias mercadorias portuguesas , tais questões associadas a revogação da lei que proibia a instalação de industrias fizeram com que a Bahia de Guanabara e a alfandega ficassem tão abarrotadas de mercadorias que o aluguel das casas subiram ,visto que estas eram usadas com depósitos , segundo estudos existiram mercadorias que vieram a estraga-se nos portos . Tanta importação aumetava consideravelmente um aspecto deficitário na balança comercial . 


                                  A  nova administração 

  Uma vez instalado no Rio de Janeiro , dom João tomou 4 medidas básicas :  
    1.Criou 3 ministérios : Guerra e Estrangeiros , Marinha, Fazenda e Interior 
    2.Fundou o Banco do Brasil 
    3.Instituiu a junta geral do comércio 
    4.Instalou a casa da suplicação ( Supremo Tribunal )  

 Em 1815 , foram extintos os Estados do Brasil, do Grão-Pará e rio Negro e do Maranhão e Piauí. A Colônia foi então elevada a categoria de Reino Unido de Portugal , Brasil e Algarves. Em 1816, com a morte de dona Maria I , o príncipe regente foi coroado rei com o título de dom João VI . 



   A partir de 1821, as capitanias passaram a se chamar províncias. Além das que já existiam, foram criadas mais quatro : Rio Grande do Norte, alagoas ,Santa Catarina e Sergipe . A administração estava centralizada nas mãos do rei e dos governadores das províncias, subordinados a ele. 
   Além disso , Dom joão VI colocou em prática uma política agressiva, que levou á incorporação de novos territórios ao Brasil. Assim ,já em 1809, tropas portuguesas ocuparam Caiena ,capital da Guiana Francesa em represália a invasão de Portugal por Napoleão. 
    Mas, a principal conquista territorial ocorreria em 1821, quando o atual Uruguai, chamado na época de banda oriental e invadido pelas forças portuguesas em 1815, foi anexado com o nome de Província Cisplatina. Essa conquista foi obtida por meio de uma guerra prolongada. Para financiá-la, o governo aumentou os impostos e autorizou o Banco de Brasil a emitir papel moeda em grades quantidades. Tal política contribuiu para aumentar o custo de vida e gerar insatisfação social 



                     A revolução de 1817 em Pernambuco 

O quadro de José Cláudio, "Benção da Bandeira" (2007), representa a Revolução de 1817, ocorrida em Penambuco. Liderado por padres ligados à maçonaria, esse movimento revolucionário sustentou por três meses a independência pernambucana, incluindo em seu raio de liberdade o Rio Grande do Norte e a Paraíba


   Quando a família real chegou a América, Pernambuco já era um centro de difusão de idéias revolucionárias. Desde !798 existia no interior da capitania o Areópago de Itambé, uma sociedade  secreta, ligada a maçonaria, que defendia a proclamação da República. em 1801, seus adeptos envolveram-se em uma conspiração reprimida pelas autoridades portuguesas. Foi a conjuração dos Suaçunas. Apesar da repressão, a efervescência revolucionária continuou a agitar Pernambuco. a chegada da família real agravou esse clima de descontentamento, pois a Coroa passou a favorecer os comerciantes portugueses e a cobrar altos impostos para financiar as guerras em que se envolveu o princípe regente. A consequência disso foi o aumento do custo de vida. Em Pernambuco esse fato foi agravado pela seca dos anos 1815 e 1816. Em 1817, A insatisfação atingiu o auge ,levando á eclosão da Revolução ( ou Insurreição) Pernambucana, durante a qual foi instalado um governo republicano que durou 74 dias.     De forma geral, podemos  resumir os motivos da Insurreição Pernambucana de 1817 em 3 aspectos : 
  1. CONDIÇÕES ECONÔMICAS - Crise na produção do açúcar e do algodão, luta dos senhores rurais e homens livres contra o domínio comercial dos portugueses e os altos preços pelos quais estes vendiam gêneros de primeira necessidade ;
  1. CONDIÇÕES POLÍTICAS - Desejo de substituir a monarquia absoluta do direito divino por uma forma mais liberal de governo , com a república , já adotada nos Estados unidos e em outra regiões da América ;
  1. CONDIÇÕES SOCIAIS - Insatisfação da população contra a carestia e contra o domínio português.
  2.  



       A atmosfera  de descontentamento geral facilitou a formação de um movimento revolucionário. Dele faziam parte senhores de engenho , comerciantes, padres e militares . A conspiração, entretanto ,foi descoberta pelo governo português ,que mandou prender alguns de seus líderes : os comerciantes Domingos José Martins e Antônio Gonçalves da Cruz , o padre João Ribeiro , o cirurgião Vivente Guimarães Peixoto , os tenentes Manuel de Souza Teixeira e José de Barros lima . Durante as prisões o Capitão Barros Lima matou o oficial que lhe deu voz de prisão . Começava a insurreição.     Depois de vencidas as forças leais a Portugal , os insurretos organizaram um governo provisório com 5 membros , representando comércio, exército,clero, agricultura e justiça . Em busca de apoio, enviaram emissários para outras capitanias do Nordeste e para o exterior ( Estados unidos Argentina e Inglaterra ). Paraíba Rio Grande do Norte e Alagoas aderiram ao movimento . O emissário da Bahia foi fuzilado Os que foram ao Ceará acabaram presos. A reação do governo português não se fez esperar da Bahia e do rio de Janeiro saíram para o recife tropas fortemente armadas o governo português escarniçou combates bloqueando passagem pelo mar assim as forças portuguesas ocuparam Recife em 19 de maio os principais  líderes foram executados e no inicio de 1818 o príncipe regente anistiou 72 condenados a morte .       



        

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Simpsons ? História ? Será ?


      6 episódios dos Simpsons para estudar História

OBS : A DICA REFERE-SE A UMA ANALOGIA COM SEUS ESTUDOS DANDO UM CARÁTER CRITICO A ELES ,POIS SEM A BASE DO CONHECIMENTO DESENHOS SERÃO ASSOCIADOS APENAS A ANIMAÇÃO !!!!!


Criada em 1987 e completando 500 episódios este mês, Os Simpsons é a série mais longa a ocupar o horário nobre da TV americana. Quem curte o desenho sabe que ele é cheio de referências de todo tipo – inclusive históricas. Para comemorar o recorde, listamos alguns episódios que podem ajudar quem está se preparando para o vestibular. Como os fatos históricos não são contados com exatidão pela família amarela, fica a ideia de um desafio para você: comparar a versão deles com os fatos reais e tentar encontrar as diferenças e referências. É um jeito bem mais divertido de estudar – e facilita a memorização!
Lemon of Troy (O Limoeiro de Troia)
Temporada 6, episódio 24
Para estudar: Guerra de Troia

Como indica o próprio nome do episódio, a história é uma referência à lenda da Guerra de Troia, contada pelo poeta grego Homero. Os gregos teriam declarado guerra contra seus vizinhos troianos após o rapto de sua mais famosa e bonita cidadã do sexo feminino, a princesa Helena. No desenho, depois de uma discussão com Bart e seus amigos, os meninos de Shelbyville (a cidade vizinha) roubam o limoeiro histórico de Springfield. Ao descobrir isso, Bart, Milhouse, Nelson, Martin e Todd usam um plano semelhante ao do Cavalo de Tróia para recuperar a árvore na cidade inimiga.
Margical History Tour (Marge Viaja na História )
Temporada 15, episódio 11
Para estudar: Henrique VIII da Inglaterra e a criação da Igreja Anglicana, no século 16 cuidado ,vale salientar que embora as questões tenha suscitado em relação ao  filho herdeiro do mesmo Rei coube a Elizabeth I A organização do anglicanismo adaptando as idéias de Lutero a a realidade Inglesa    

Marge leva Lisa, Bart e Milhouse para fazer um trabalho na biblioteca de Springfield, mas descobrem que todos os livros importantes foram levados embora. Marge decide então dar uma aula do que os meninos precisavam estudar. Uma delas é a história do rei Henrique VII (Homer), que decide se divorciar de sua primeira esposa (Marge) porque ela não consegue lhe dar um herdeiro do sexo masculino. Como a Igreja Católica não lhe permitiu o divórcio, ele decide criar sua própria igreja e casa-se com Ana Bolena. O problema é que ela também não lhe dá filhos homens e o rei passa por vários casamentos, sem nunca conseguir o que deseja.
Homer vs. the Eighteenth Amendment (Homer contra a Lei Seca)
Temporada 8, episódio 18
Para estudar: a Lei Seca nos Estados Unidos nos anos 1920

O episódio faz referência à Lei Seca colocada em vigor com a 18ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que proibiu a venda, fabricação e transporte de bebidas alcoólicas entre 1920 e 1933. A população apoiou a medida inicialmente, mas depois o comércio e consumo ilegal de bebidas se tornaram comuns, com traficantes e mafiosos como Al Capone ganhando um imenso poder e fortuna. Nos Simpsons, a questão aparece após uma comemoração cheia de excessos do dia de São Patrício. Bart fica bêbado na frente de uma câmera de TV e, chocadas, as esposas de Springfield exigem uma lei que impeça o consumo exagerado de bebida na cidade. Então é reativada a Lei Seca, que havia sido criada 200 anos antes e estabelecia a “pena da catapulta” para quem a desrespeitasse. A partir daí, Homer se torna o “Barão da Cerveja”, vendendo a bebida ilegalmente.
The way we was (Nós somos jovens, jovens)
Episódio 25, temporada 2

Mother Simpson (Vovó Simpson)
Episódio 8, temporada 7
Para estudar: anos 60 e 70 e o feminismo

Em “The way we was”, a TV da família quebra e Marge decide contar para Bart e Lisa a história de como ela e Homer se conheceram. Voltamos então para 1974, com muitas referências culturais da época, como o feminismo – Marge até chega a queimar seu sutiã.
Em “Mother Simpson”, Homer inventa um plano para fingir que morreu só para não ter que trabalhar num sábado. O problema é que todo mundo acreditou – inclusive a sua mãe, Mona Simpson, sumida há quase 30 anos e que volta para o suposto enterro do filho. Lisa e Bart perguntam porque ela sumiu por tanto tempo e ela conta a sua história, que se passa no ano de 1969. Na época, ela se junta ao movimento hippie e se envolve em confusões com a polícia por se envolver em protestos, tendo de fugir. O nome da vovó Simpson foi uma homenagem à verdadeira Mona Simpson, uma escritora americana feminista nascida em 1957 que foi casada com Richard Appel, um dos escritores da série. Mona é também a irmã biológica mais nova de Steve Jobs.
Lisa’s First Word (A primeira palavra de Lisa)
Episódio 10, temporada 4
Para estudar: a Guerra Fria e os anos 80

Enquanto tentam fazer Maggie falar “papai”, Homer conta a história da primeira palavra de Lisa. Para isso, voltam aos anos 80 em um episódio cheio de referências da época, incluindo a Guerra Fria e o boicote da União Soviética às Olimpíadas de 1984 em Los Angeles, Estados Unidos, em retaliação ao boicote aos Jogos Olímpicos de Verão de 1980 encabeçado pelos EUA. Com isso, os americanos dominam o evento e Krusty, que havia prometido um hambúrguer para cada medalha de ouro que o país ganhasse, se dá mal e perde milhões de dólares com a promoção.

Ana Prado | 21/02/2012
FONTE : GUIA DO ESTUDANTE 

A infância em Esparta



Em Esparta, o Estado tomava os meninos das famílias para treiná-los na arte da guerra

Um visitante de uma cidade do norte chegou a Esparta em 480 a.C. Foi bem recebido e experimentou a melas zomos, prato típico e orgulho da cidade-estado: uma sopa à base de porco, vinagre, sal e (muito) sangue suíno. Depois de provar a iguaria, sua conclusão foi rápida: "Agora entendo o motivo de os espartanos estarem sempre tão preparados para morrer". A anedota sobre a sopa sangrenta resume bem a vida da cidade. Os homoioi, os cidadãos espartanos, cresciam comendo mal e viviam com fome, enfrentavam-se entre si e suportavam um treinamento militar tão intenso que até soldados do Bope pediriam para sair na primeira semana. Os filhos da elite da cidade tinham vida dura desde o berço. Isso se o bebê sobrevivesse ao parecer do conselho dos anciãos - há referências textuais em Xenofonte e Plutarco de que bebês fora dos padrões da cidade eram mortos, arremessados ou abandonados, no monte Taigeto. "O infanticídio era comum na Grécia antiga, mas Esparta era a única a praticá-lo colocando a decisão nas mãos do Estado, e não na dos pais", afirma Paul Cartledge, autor de Spartans (sem edição em português) e professor de cultura grega na Universidade de Cambridge. "A palavra final era do conselho dos anciãos: eles é que decidiam se a criança estava apta a continuar viva ou teria de ser morta."
Design: Villas

A prática do infanticídio era apenas o início da educação espartana, a agoge, focada no militarismo, na disciplina e na obediência completa. Depois de passar os primeiros 7 anos de vida com a família, os meninos eram enviados para centros de treinamento para serem educados e transformados em guerreiros. Até os 11 anos, o jovem espartano passava pelo primeiro ciclo, a meninice, em que recebia o treinamento militar básico.

O menino estava ali para aprender a manejar lanças, espadas e escudos, além de praticar esportes como corrida e natação. A alfabetização não era, de acordo com Plutarco, o mais importante. O foco era a obediência - não ler e escrever. "Eles aprendiam as letras quanto fosse necessário: todo o restante do treinamento era direcionado para resposta rápida aos comandos, resistência, força e vitória nas batalhas", escreveu Plutarco na sua obra sobre a vida de Licurgo, o principal legislador espartano.

No dia a dia, a educação era supervisionada por um magistrado responsável, mas a disciplina (e as punições) era imposta pelos colegas mais velhos. Sessões de açoites eram comuns, assim como humilhações públicas. Quem já passou por uma escola sabe bem que esse modelo tem o potencial de incentivar a crueldade dos mais velhos contra os mais novos. Mas o uso da crueldade do grupo não era algo inesperado. "A ideia básica era deixar os meninos duros, resistentes, no melhor de sua forma física. Acima de tudo, eles tinham que ser autossuficientes e capazes de suportar a dor", afirma Cartledge.

Entre os 12 e os 15 anos, o rapaz passava pelo segundo estágio da agoge. Nessa fase, além dos exercícios tradicionais, havia maior foco no trabalho em grupo, além da maestria no uso das armas. Corridas com cavalos e com bigas também começavam a acontecer. Era definido um mestre, um homem mais velho que acompanhava individualmente os avanços do protegido - tanto militares quanto pessoais. Há discussão acadêmica sobre isso, mas é grande a probabilidade de que a educação entre discípulo e mestre envolvesse relações homoeróticas - traço comum nas cidades-estado gregas.

É durante o segundo ciclo que os meninos recebiam apenas um pedaço de pano para usar como túnica, a única roupa que podiam vestir durante o ano em uma região em que a temperatura chega aos 40 ºC no verão e -5 ºC no inverno. A restrição de comida também era parte do treinamento. Os jovens soldados recebiam apenas o necessário para sobreviver (inclusive da melas zomos) - quantidade que não chegava nem perto da saciedade. Constantemente com fome, os jovens só tinham uma solução: roubar comida. Para os espartanos, não havia problema algum em furtar alimentos - o problema estava em ser pego.

Outro caso contado por Plutarco ajuda a ilustrar a fome e a obediência cega dos aprendizes de soldado. O historiador conta que um jovem conseguiu apanhar um pequeno lobo selvagem para comê-lo. Ao ser descoberto, manteve o lobo sob a sua capa enquanto ouvia o sermão do supervisor. "Sem demonstrar dor, o menino ficou ouvindo o sermão enquanto o lobo o atacava embaixo da capa", afirma Maria Aparecida de Oliveira Silva, professora de história antiga na USP e autora do livro Plutarco Historiador: Análise das Biografias Espartanas. De acordo com Plutarco, o jovem suportou o ataque, até que morreu. Mais do que revelar algo factual, ressalta Maria Aparecida, esse tipo de história era fundamental para provar como se comportava um verdadeiro espartano. "Tais episódios eram contados para ilustrar a coragem dos espartanos, bem como a obediência cega aos seus costumes e às suas leis."

A partir dos 16 anos, começava a fase final da preparação, que ia até os 20. Era nesse momento que o treinamento passava a ser prático. Os hoplitas - guerreiros com grandes escudos redondos, lanças longas sobre o ombro direito e espada embainhada - eram unidos em grupos de até 15 para exercícios de guerra. Cada grupo era chamado de falange. Nas batalhas, as falanges se enfrentavam até que um soldado cedesse e as mortes começassem a acontecer aos borbotões. Além da força física e da resistência, era necessário muita confiança no seu parceiro ao lado - se ele correr ou cair, a lança rival aproveita o espaço e você está morto.

É por isso que um ditado comum sobre as falanges é que elas são tão fortes quanto o seu elo mais fraco. O treinamento espartano desde o início enfatiza isso - a falange deveria ser uma entidade única.

E isso justificava o treinamento rígido. Durante toda agoge, o papel do Estado espartano era gigantesco. Não se tratava apenas de deixar o filho na escola todas as manhãs e ele crescer até cursar uma universidade, mas a entrega completa do futuro cidadão à Esparta. E só havia um caminho possível: ser soldado. "Aos 7 anos, a criança era realmente doada ao Estado para a educação e, a partir dos 18 anos, começar a ter papel na vida da cidade. Basicamente, o objetivo final da agoge era incutir a ideia de que para viver em Esparta era preciso deixar de lado prazeres e interesses individuais", afirma José Francisco de Moura, historiador especializado em Esparta e professor de história na Universidade Veiga de Almeida.

Não há muitas evidências arqueológicas sobre a educação feminina, mas os textos clássicos indicam que as meninas recebiam algum treinamento, cujo foco estava na excelência física. Em resumo, as espartanas eram vistas como parideiras - as futuras mães dos guerreiros. "Como resultado da ênfase na reprodução, as meninas eram criadas para serem o tipo de mãe que Esparta necessitava. Uma mãe precisa ser saudável, educada de maneira apropriada e com bastante conhecimento dos valores espartanos", escreveu Sarah B. Pomeroy em Spartan Women (sem edição em português). "Apenas mulheres que morriam durante o parto podiam ter seu nome escrito na lápide, o que acontecia somente com os homens que morriam em batalha." Na prática, o que as evidências arqueológicas dão conta é que as mulheres espartanas estavam em forma - as estátuas mostram músculos definidos nos braços e nas coxas. Além disso, tinham fama de serem lindas: Helena, a mulher mais bela do mundo antigo, antes de ser de Troia e de virar a cabeça de Páris, era Helena de Esparta.

O casamento era uma instituição completamente diferente entre os espartanos. Feito por arranjos entre as famílias dos homoioi, a união não envolvia uma vida em conjunto entre marido e mulher. Ao contrário, o homem devia visitá-la apenas durante a noite para o ato sexual e voltar para a sua falange. Por isso, não era raro um homem de 30 anos jamais ter visto a sua mulher à luz do dia. Afinal, ele só tinha permissão de começar a morar com a esposa a partir dos 30 anos. A cerimônia era, evidentemente, espartana. A mulher tinha os seus cabelos cortados curtos, como os de um homem, e recebia uma toga masculina. Era nessa noite que o marido iria invadir a casa da esposa pela primeira vez para consumar o casamento. E voltar ao grupo assim que acabasse.

Admirada por priorizar o público sobre o privado, Esparta foi a inspiração de uma série de obras-primas, como a República de Platão, e até de crimes contra a humanidade - a eugenia, popular no começo do século 20, usava o exemplo espartano como base. Longe da idealização clássica ou moderna, os poucos artefatos recuperados e as escassas referências textuais ajudam a compor um retrato de uma cidade na qual a vida não era nada fácil - e onde a mão do Estado entrava nos lares em busca de crianças que seriam transformadas em guerreiros.

Guerra perpétua

Esparta vivia em permanente estado de sítio. Surgida como um pequeno conjunto de aldeias em torno do século 10 a.C., Esparta se desenvolveu agressivamente nos dois séculos seguintes para se tornar a maior cidade-estado grega em território. A base da sua expansão estava na aquisição de terras, de cidadãos livres para pagamento de taxas e de escravos, chamados hilotas - prisioneiros de guerra de outras regiões, que eram obrigados a realizar o trabalho braçal.
Apesar de a escravidão ser um traço comum em praticamente todas as comunidades gregas daquele período, os espartanos foram além. Descartaram a tradição quando, diferentemente dos rivais, como Atenas e Argos, passaram a escravizar os seus próprios vizinhos gregos. Os primeiros a cair foram os messênios, que tinham a mesma etnia dórica dos espartanos. Estimativas dão conta de que havia de 10 a 20 vezes mais messênios e cidadãos livres do que cidadãos espartanos na cidade, por volta de 500 a.C.

                                                                                                                        fonte: aventuras na História

HISTÓRIA DO SURF


Conheça a história do Surf

Muito mais do que simplesmente domar as ondas, o esporte já foi símbolo de rebeldia juvenil, serviu para fazer política e até para disseminar a tolerância religiosa

Carin Homonnay Petti  fonte : Revista  Aventuras na História 
De prancha na mão e mochila nas costas, o californiano Michael Scott Moore correu o mundo. Sua missão: identificar os primeiros surfistas de vários países, numa espécie de expedição em busca das correntes e marés que espalharam o esporte a cantos tão inusitados quanto a Faixa de Gaza, São Tomé e Príncipe e Marrocos. Pegou ondas e conversou com nativos em terras estranhas ao milionário circuito internacional do surf. O relato das andanças está em Sweetness and Blood: How Surfing Spread from Hawaii and California to the Rest of the World, with Some Unexpected Results (Doçura e Sangue: como o Surfe se espalhou do Havaí e da Califórnia para o Resto do Mundo, com Alguns Resultados Inesperados, sem edição no Brasil. Por incrível que pareça, não entramos na rota do jornalista).


A origem do surf é incerta. Para alguns historiadores, a prática nasceu há cerca de 3 mil anos entre moradores da atual costa do Peru, que, para pescar, deslizavam sobre as ondas em canoas de junco. Moore discorda. Segundo ele, não há provas de que os antigos peruanos ficassem de pé nas embarcações. E menos ainda de que fizessem manobras (uh hu!) por diversão - a alma do esporte.



O certo é que os europeus conheceram o surf durante as expedições do explorador britânico James Cook ao Pacífico. Em 1779, quando o navegador aportou na baía de Kealakekua, testemunhou competições sobre as ondas que faziam parte dos festivais de ano-novo, dedicados a Lono, deus da fertilidade e da fartura, do sol e da chuva. Diferentemente dos campeonatos atuais, não vencia quem surfava com mais estilo. Era uma corrida: ganhava o primeiro a chegar à praia em cima da prancha. Na areia, não faltava quem perdesse tudo o que tinha em apostas no seu surfista favorito. Cook não teve tempo de experimentar tão inusitada prática. Foi morto logo depois, após uma confusão com os nativos por causa de um barco roubado e a infeliz ideia de recuperá-lo sequestrando um chefe local.



Com a chegada de missionários cristãos às ilhas, a partir de 1820, o surf perdeu força. Os religiosos estavam determinados a pôr fim aos costumes pagãos, e enfrentar as ondas de pé e sem roupa estava no topo da lista - além de indecente, minava a produtividade. As pranchas foram transformadas em mesas e cadeiras, usadas nas escolas que ensinariam religião, "bons costumes" e escrita aos "selvagens."



Apesar do esforço dos missionários, o surf sobreviveu. Mais de um século depois, em 1907, um havaiano de ascendência irlandesa, George Freeth, levou o esporte para a Califórnia. Naquele tempo, as pranchas costumavam ser feitas de madeira maciça, tinham 3 m de comprimento, pesavam 45 kg e não possuíam quilha, o que as tornava difíceis de manobrar. (As pranchas atuais têm vários formatos, adequados, por exemplo, para tipos diferentes de onda e modalidades. Podem pesar menos de 3 kg, feitas de poliuretano e fibra de vidro, com cerca de 1,80 m.)



Da Califórnia, a partir dos anos 1950, veio o tsunami. O esporte conquistou o planeta - com o empurrão de Hollywood e filmes como Maldosamente Ingênua (1959), com Sandra Dee. Na tela, corpos bronzeados disseminavam a cultura da praia, associada a hedonismo, diversão e liberdade.



Tio Sam e a tábua



Não só atores, mas também soldados americanos ajudaram a espalhar o surf. Na base militar de Komagawa, no Japão, era o passatempo da hora do almoço. Terminado o intervalo, os recrutas escondiam as pranchas embaixo da areia, sob os olhares disfarçados dos vizinhos japoneses. Nas noites de lua cheia, era a vez de os japoneses se arriscarem. "Pulávamos a cerca, desenterrávamos as pranchas e íamos surfar", conta no livro um dos pioneiros do esporte do país, Kazumi Nakamura, adepto desde 1963.



Na base de Guantánamo, em Cuba, o surf ganhou inclusive apoio oficial. Até os atentados de 11 de setembro, surfistas profissionais volta e meia desembarcavam para dar aulas para soldados e sua família (a base existe desde 1903). A ideia era combater o tédio da vida confinada, naquele enclave cercado de inimigos comunistas. As "clínicas" acabaram depois da transformação da base na prisão para acusados de terrorismo, que Barack Obama agora tenta fechar.



Areia interditada



Falando em Cuba, fora de Guantánamo, nem sempre foi fácil pegar onda na terra dos irmãos Castro. Que o diga o surfista Tito Diaz. Ele fez sua própria prancha com uma mesa escolar e aderiu ao esporte nos anos 1980. Acabou amargando uma semana na prisão: "Não dava para fazer nada no mar porque pensavam que você estava tentando escapar da ilha". Na ex-Alemanha Oriental, a história era parecida. Em várias praias do mar Báltico, windsurfistas viviam às voltas com a polícia, determinada a evitar fugas para o outro lado da Cortina de Ferro - que foi exatamente o que alguns fizeram. Como o eletricista berlinense Karsten Klünder e seu amigo Dick Deckert. Em novembro de 1986, a dupla partiu das águas geladas da ilha de Rügen com pranchas feitas em casa. Quatro horas depois, Klünder chegou à costa da Dinamarca. Só no dia seguinte encontrou o companheiro Deckert, e a dupla seguiu para a Alemanha Ocidental.



O surf desafiava tiranias de esquerda e direita. Na África do Sul, Tony Heard, editor do Cape Times, teve a ideia de libertar Nelson Mandela da prisão de Robben Island usando sua prancha de surf. "Os prisioneiros costumavam apanhar algas marinhas na praia. Eu pensei: ‘Por que não remar devagar, camuflado com as algas, fazê-lo subir na prancha e remar até sermos resgatados por um navio estrangeiro?’" O plano não foi para a frente, mas Mandela tornou-se uma referência para os surfistas da ilha e de toda a região. Dois pontos de arrebentação de ondas foram batizados com seu apelido, o Madiba da Direita e o Madiba da Esquerda.



Nos tempos do apartheid, o surf era um esporte de brancos. Durante um campeonato em Durban, em 1971, o havaiano nativo Eddie Aikau foi barrado num hotel exclusivo para brancos. Em protesto, o organizador da competição hospedou o esportista em seu apartamento. O espírito de resistência cresceu nos anos 1980, com a formação do grupo Surfistas contra o Apartheid.



O Islã entra na onda



Longe dali, em Israel, outro grupo recorreu às pranchas na esperança de aproximar velhos inimigos. Fundado por dois surfistas judeus, o Surfing 4 Peace (Surfando pela Paz), leva pranchas e outros equipamentos a palestinos que praticam o esporte na Faixa de Gaza. Em 2007, o surfista americano Dorian Pascowitz desafiou soldados israelenses e cruzou a fronteira rumo ao território com 14 pranchas. Para seu colega de empreitada, Arthur Rashkovan, eles só não foram detidos a bala por causa da presença da mídia e de brechas na lei de então (depois do episódio, a lei foi alterada e endurecida).



Para outros, porém, os inimigos são justamente os surfistas. Na visão do autor, a cultura do surf estava na mira dos atentados a bomba de 2002 em Bali, que deixaram 202 mortos - a maior parte deles turistas estrangeiros. Afinal, foi com a chegada dos surfistas australianos na década de 1970 que o turismo e os costumes ocidentais avançaram na região - motivo de descontentamento para extremistas islâmicos. A Indonésia é a maior nação muçulmana do mundo. Nesse contexto, ao subir nas pranchas, estudantes e artistas locais não querem só diversão. Buscam também uma forma de se diferenciar do fundamentalismo.
No Marrocos, o rei Mohammed VI pensa parecido. Ele mesmo prefere o jet-ski, mas, com a intenção de combater o radicalismo islâmico, fundou um clube de surf na capital, Rabat. De quebra, o monarca tenta reforçar a imagem de líder amigo do Ocidente, diz Moore. Como vimos aqui, surf, política e religião podem, sim, pegar a mesma onda.




A chegada da Tábua Havaiana

No Brasil, o surf começou no improviso 




Praia do Gonzaga, Santos, 1934. Enquanto a garotada se distraía com a pelada na areia, um rapaz de 16 anos queria era saber das ondas. Thomas Rittscher Júnior ia munido de sua "tábua havaiana", que ele mesmo havia feito baseado em um esquema da revista americana Popular Mechanics. A primeira prancha do Brasil pesava entre 50 e 60 kg e tinha quase 4 m de comprimento. A partir dos anos 1940, no Arpoador, Rio de Janeiro, o esporte começou a se popularizar, primeiro entre os praticantes de pesca submarina. Na década seguinte, quando virava moda mundial, aqui, pegou entre garotos da Escola Americana. As pranchas continuavam a ser improvisadas, de madeirite ou isopor revestido de saco de sisal, até a abertura da primeira fábrica, a carioca São Conrado Surfboard, em 1965. Hoje, o surfe no Brasil tem mais de 2 milhões de adeptos (além de praias com ondas elogiadas mundialmente), e alguns deles estão entre os melhores profissionais do mundo.




sábado, 2 de junho de 2012

NÃO!!!! AO SILÊNCIO DOS INTELECTUAIS !!!

UMA CACHOEIRA DE PSEUDO NOVIDADES  UNILATERAIS!!!
A CORRENTEZA Á CUSTO DO DINHEIRO PÚBLICO 
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A ESPERANÇA DOS CONSCIENTES

A REAL  FACE DA ESTRUTURA IDEOLÓGICA 

A TRILHA SONORA DA PERGUNTA QUE REFLETE NOSSA INDIGNAÇÃO !!!!!



ROMA ANTIGA



{ ROMA NOS PRIMEIROS TEMPOS }


                                                 CONSIDERAÇÕES GEOGRÁFICAS :  

  A cidade de Roma está localizada na penísula Itálica, uma faixa de terra que avança pelo Mar mediterrâneo 
. A leste está o mar adriático , a oeste o tirreno e ao sul o jônio. As altas montanhas dos Alpes dominam a porção norte do Território descendo em direção á planície do rio pó .Outra cordilheira a dos Apeninos, corta a penísula de norte a sul, separando as duas regiões litorâneas : a do Tirreno, onde ficam as planícies do Lácio e da Campânia, e a do Adriático, onde se destaca a planície da Apúlia. 
    Além dos aspectos físicos dois outros fatores foram marcantes na ocupação da região: O solo fértil da península, que facilitava a produção de alimentos, e ausência de bons portos, que provocou por muito tempo o isolamento relativo da região. 


[A PENÍNSULA ITÁLICA NO SÉCULO VIII A.C]
  

   Os primeiros habitantes da península Itálica eram originários da própria região mediterrânea. Ao norte,fixaram-se os lígures; ao sul, os sínculos. No decorrer do segundo milênio a.C; os arianos, vindos da Europa central, estabeleceram-se principalmente no centro do território. conhecidos como italiotas, dividiam-se em várias tribos : Latinos,Sabinos,Volscos,  e outros . A pártir do século VIII a.c .., outro povo com notável desenvolvimento econômico e cultural passou a ocupar o sul da penísula : os gregos . Na mesma época, os estrucos de origem, de origem provavelmente asiática, fixaram-se no centro-norte. Os etruscos estavam distribuídos em 12 cidades unidas numa confederação. Seus domínios estendiam-se do Lácio e da Campânia em direção ao norte. Eles desenvolviam intensa atividade comercial,fazendo concorrência aos gregos do sul e aos habitantes de Massília, atual cidade francesa de Marselha, na desembocadura do rio Ródano.Conseguiram tal proeza aliando-se aos fenícios de Cartago, no norte da Àfrica. Em  grande parte a cultura etrusca seria assimilada pelos romanos 

       


AS ORIGENS DE ROMA 

   A formação de Roma está envolta em lendas. Segundo as narrativas do poeta Vírgilio em sua obra Eneida, os romanos descendem de Enéias, herói de Tróia que escapou quando os gregos destruíram a cidade, por volta de 1400 a.c Sob a proteção de Vênus( deusa do amor) e guiado por júpiter (versão romana de Zeus), Enéias , chegou a penísula Itálica e fundou a cidade de Lavinio. Seu Filho Ascânio criou Alba Longa E aos descendentes Rômulo e Remo coube a missão de fundar Roma.  
   Rômulo e Remo seriam filhos gêmeos da princesa albana Rea Silvia e do deus Marte . Os dois  foram atirados ao rio Tibre por ordem de Amúlio, usurpador do trono de alba Longa, pertencente a Numitor, Avô dos gêmeos. Amamentados por uma loba e depois criados por um camponês, os irmão cresceram e voltaram a Alba Longa para destronar Amúlio;com isso, Numitor pôde retomar o poder. então ,os dois receberam a incumbência de fundar Roma. 
  Protegido pelos deuses, Rômulo traçou um sulco no chão com seu arado para marcar o local das primeiras construções. Enciumado ,Remo saltou sobre a marca sagrada. Rômulo desaparecia mais tarde durante uma tempestade e passaria a ocupar , com o nome de Quirino , um lugar no panteão, o templo romano de todos os deuses. 
  Pesquisas históricas mostram que Roma Pode ter se desenvolvido a partir de uma fortaleza erguida pelos habitantes do Lácio (latinos e sabinos) para impedir as incursões etruscas . No local havia sete colinas. 

A ORGANIZAÇÃO SOCIAL 
   A economia Romana era baseada nas atividades agropastoris . A terra constituia a maior riqueza. a camada social dominante era formada pelos proprietários de terras conhecidos como patrícios, podiam ainda ser chamado de as gentes ,porque se agrupavam em uma unidade básica, o gens. Seus membros se reuniam em torno do mesmo chefe e cultuavam o mesmo antepassado, uma estrutura semelhante a do genos do mundo grego. Os patrícios costumavam se reunir em associações religiosas denominadas cúrias.
   No gens , havia ainda os parentes pobres , os clientes que prestavam alguns serviços e se beneficiavam da proteção dos mais ricos. Todos deveriam se submeter a autoridade do chefe dos gens .
   Quem não pertencesse aos gens era considerado plebeu ( pessoa livre , mas sem direitos políticos). Em geral essa camada incluía , artesãos, comerciantes, e donos de pequenos lotes poucos férteis. 
   A forma de governo adotada em roma desde sua origem até o século VI a.c ,foi o regime monárquico .O rei acumulava as funções de chefe supremo , grade sacerdote e juiz ,pois acreditava-se que seu poder era de origem divina .Contava ainda com a assecoria do conselho de anciãos , o senado composto das familias e de sacerdotes . A assembléia Curiata reunia os patricios adultos, membros das trinta cúrias romanas 
    Os cidadãos dividiam-se em 3 tribos tities ,rammes e luceres,cada uma dividida em 10 cúrias cada tribo contribuía para defesa do estado com cem cavaleiros e 10 centurias (unidade básica do exército romano ).    No fim do periodo monárquico, toda a população foi repartida em distritos administrativos territoriais, com 4 tribos na cidade e 17 (depois31) no campo . Isso deu origem a um novo tipo de organização , a assembléia Tribal , quebrando o monopólio dos patrícios ,os únicos que podiam participar da Assembléia Curiata . Mesmo assim os patricios ainda detinham a primazia nas decisões , pois possuiam 17 tribos rurais enquanto a plebe se repartia pelas 4 urbanas sendo praticamente excluidos da política, pois no seu caso  cada tribo tinha direito apenas a um voto .      

EM SUMA :

. PATRÍCIOS – jamais desciam de posição social, mantendo sempre o status de grupo social dominante. (não há mobilidade de natureza alguma). CLIENTES – poderiam ter origem na plebe, uma vez que se tratava de um grupo afirmado pela situação puramente econômica. (mobilidade econômica). PLEBEUS – sempre na base da pirâmide social, poderiam compor a clientela como também poderiam ter origem entre os escravos que foram alforriados. (mobilidade sócio-econômica). ESCRAVOS – não são considerados grupo ou classe social, porém, após a alforria poderiam passar a compor a massa plebéia e, em alguns casos mais raros, poderiam chegar a ser, inclusive, clientes. (mobilidade sócio-econômica)


                             A MONARQUIA ROMANA 
  A partir de 640 a.c .., roma passou a ser governada por reis etruscos . Tarquínio, o Antigo realizou grandes obras públicas. Seu sucessor, Sérvio Túlio, fez o primeiro muro de roma , dividindo a cidade em 4 tribos urbanas e classificando a população em 5 categorias sociais de acordo com as posses de cada um. Tárquinio, o soberbo, construiu o templo de Júpiter e a cloaca Máxima, o sistema de esgotos da cidade. foi deposto e expulso em 509 a.c. porque segundo a lenda seu filho Sexto Tarquinio violentou Lucrécia, filha de um aristocrata influente. 
   O afastamento do 3ª rei etrusco marca o início do período republicano na história de roma .Uma das causas dessas transformação provavelmente se ligue ao fato de que o rei beneficiou a plebe enfurecendo os patrícios que através do concelho de anciãos iniciando a república romana 
                             A REPÚBLICA ROMANA 
    os patricios ao colocarem fim a monarquia, recuperaram o poder, na época nas mãos dos reis estrucos . A plebe por sua vez , ficou a margem da vida política. Dessa vez no entanto , os patricios tiveram o cuidado de evitar que uma só pessoa centralizasse o poder, como havia ocorrido na monarquia. Logo  que foi estabelecida, a república romana era profundamente aristocrática. Com o tempo, porém acabou se "democratizando" e a plebe passou a tomar cada vez mais parte do poder. No final do período , o regime romano chegou a se aproximar de uma república democrática nos moldes daquela que existia em Atenas .
                                      
                       AS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS 
Pelas instituições politicas é possível perceber que o regime republicano de Roma foi o resultado da mistura de elementos monárquicos ( Magistraturas) aristocráticos (Senado) e democráticos (Assembléias )
  
   As Magistraturas  

Os magistrados , em geral patrícios, eram responsáveis pelo comando da cidade. dividindo-se em cargos :

Cônsules: Eram dois magistrados principais com poder equivalente aos dos antigos reis . a eles cabia comandar o exército , convocar o senado e presidir os cultos publicos. Em  época de calamidade, revolta da plebe ou campanha militar desastrosa, osenado indicava um ditador ,com poder absoluto e limitado a 6 meses.
 Pretores: Ministravam a justiça

Censores : Orientavam trabalhos  públicos ,recebiam o nome de censores porque eram responsáveis por fazer o censo(contagem) dos cidadão com base na riqueza a cada 5 anos além de vigiar a conduta dos cidadãos 
Questores:Administravam os tesouros depositados nos templos de Saturno e davam orientações financeiras aos consules em campanhas militares

Édis: Encarregados da conservação pública, policiamento , abastecimento, distribuição de mercados ...


PATRICIOS X PLEBEUS 
  Os plebeus sofriam sérias discriminações. Nas guerras por exemplo, recebiam sempre a menor parte dos espólios, pois estes eram distribuídos conforme o equipamento dos participantes da campanha. Na paz, por vezes os plebeus precisavam tomar empréstimos e não conseguiam pagar suas dívidas , eram então julgados pelos magistrados e acabavam sendo escravizados tal junção de situações  negativas levou os plebeus a fazerem  sucessivas revoltas entre 494a.c e 287 a.c .Foram cinco revoltas : 
  1.   Primeira revolta (494a.c) --> Resultou na criação do tribuno da plebe Estes poderiam vetar as leis contrárias aos interesses da plebe 
  2.   Segunda revolta (450a.c)--> Sabendo os plebeus que devido a necessidade de complemento militar os patrícios se sentiam ameaçados por invasores ameaçou uma 2ª retirada para o monte sagrado cobrando leis escritas 
  3. Terceira revolta (445a.c)--> A lei das doze tábuas havia sido fruto da segunda revolta diante da 3ª revolta os Patricios  elaboraram a Lei Canuléia permitindo casamento entre Patricíos e Plebeus  
  4. Quarta revolta ( 367-266a.c) -->Nesta revolta foi instituída lei licínia acabou a escravidão por dívida mas sem caráter retroativo, ou seja não se direcionava a quem já havia sido escravizado em tais circunstâncias, antes de sua elaboração 
  5. Quinta revolta  (287 a.c) -->através dela veio o plebiscito ampliando possibilidades de participação pol´tica dos plebeus, no entanto sem diferir em questão de equilíbrio as diferenças entre os 2 mundos distintos : o dos patrícios e o dos plebeus. 


ROMA Tempos de Expansão 



Guerras Púnicas - curiosidades - 
Guerras entre Roma e Cartago travadas pelo domínio do Mediterrâneo. A primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.) desenrolou-se em grande parte no mar e foi começada pelos romanos para expulsar os cartagineses da Sicília, objetivo que finalmente cumpriram.
A marcha de Aníbal até a Itália 

Cartago e Roma lutaram para obter o controle do mar Mediterrâneo, nos séculos III e II a.C., durante as Guerras Púnicas. O general cartaginês Aníbal formou um grande exército que cruzou o rio Ródano e os Alpes em elefantes para atacar os romanos na Itália. 
Aníbal atacou Sagunto, o que desencadeou a segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.). Depois, cruzou os Alpes e atacou os romanos na Itália, sobre os quais obteve importantes vitórias, embora não os pudesse derrotar de forma definitiva. Cipião, o Africano, que havia derrotado os cartagineses na Hispânia, desembarcou no norte da África e derrotou Aníbal em Zama. 
Os discursos de Catão, o Velho, incitaram os romanos contra os cartagineses e desencadearam a terceira Guerra Púnica (149-146 a.C.). Públio Cornélio Cipião Emiliano capturou e arrasou Cartago.

  
       REVISÃO DINÂMICA EM DESENHO ANIMADO + CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES  DIRECIONANDO AO ESTUDO DA FORMAÇÃO DO : 
IMPÉRIO ROMANO  

IMPÉRIO ROMANO PARTE 01

IMPÉRIO ROMANO PARTE 02